Após o Google ter bloqueado o aplicativo do YouTube para os smartphones que rodam o Windows Phone, sistema operacional da Microsoft, a empresa de softwares reagiu nesta quinta-feira (15). A Microsoft sugeriu que o movimento do gigante das buscas é um boicote ao seu Windows Phone, pois cumpriu exigências impostas pelo Google que não são endereçadas à Apple e tampouco são padrão no Android, sistema da empresa.
“Nós tiramos nosso app do ar e concordamos em trabalhar com o Google para resolver as questões deles. Nessa semana, depois de endereçar cada um dos pontos do Google, nós relançamos o app, apenas para que fosse tecnicamente bloqueado pelo Google”, escreveu David Howard, vice-presidentes da Microsoft para assuntos jurídicos, em um blog corporativo.
“As objeções do Googlex ao nosso app não são somente inconsistentes com os compromissos de abertura do Google, mas também envolvem requerimentos para um app no Windows Phone que não são impostas à sua própria plataforma ou à da Apple (ambas usam Google como mecanismo de busca padrão, claro)”, continua Howard.
Em maio de 2013, o Google intimou a Microsoft a retirar o aplicativo do YouTube feito pela companhia argumentando que não havia dado consentimento para seu desenvolvimento. Fora isso apontou complicações para o seu modelo de negócio como a possibilidade de os usuários poderem baixar os vídeos e a dificuldade em exibir anúncios nas páginas.
A Microsoft retirou o app do ar e desde então trabalhou para aprimorá-lo. “Nós tiramos nosso app do ar e concordamos em trabalhar com o Google para resolver as questões deles. Nessa semana, depois de responder a cada um dos pontos do Google, nós relançamos o app, apenas para que fosse tecnicamente bloqueado pelo Google”, desabafou o executivo.
Em comunicado, o Google afirmou que a Microsoft não fez as atualizações necessárias. Já para a Microsoft, o real problema é que o app não foi desenvolvido em HTML 5.
“Experts das duas companhias reconheceram que criar um app do YouTube baseado em HTML 5 poderia ser tecnicamente difícil e demandar muito tempo, o que, acreditamos, é o motivo pelo qual YouTube ainda não fez essa conversão em seus app para iPhone e Android”, explicou Howard. “O problema com esse argumento, claro, é que o Google não está cumprindo com essa condição para Android e iPhone”, arremata.
“Creio que está claro que Google apenas não quer que os usuários do Windows Phone tenham a mesma experiência que os do Android e da Appel, e suas objeções não são nada mais do que desculpas”, finalizou.
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